O uso de drones agrícolas no Brasil deixou de ser apenas uma promessa e se consolidou como realidade crescente nas propriedades rurais. Hoje, esses equipamentos são empregados em pulverização, adubação, monitoramento de lavouras e até inspeção de rebanhos, trazendo ganhos em precisão, economia de recursos e agilidade nas operações. Modelos modernos, como multirrotores e drones de asa fixa, já permitem pulverizar mais de 100 hectares por dia, sem compactar o solo e com menor consumo de água.
O mercado de prestação de serviços com drones cresce rapidamente, mas exige atenção. Para produtores que operam seu próprio equipamento, o investimento tende a ser menor; já para prestadores de serviço, o custo total pode chegar a três vezes o valor do drone, considerando estrutura, logística, manutenção e capital de giro. Além disso, a operação deve seguir regulamentações específicas da Anatel, Anac, Decea e Mapa, garantindo segurança e legalidade.
O uso eficiente dessa tecnologia demanda capacitação técnica, escolha adequada do equipamento conforme a cultura e o relevo, além de planejamento financeiro e conhecimento de mercado. Também é fundamental acompanhar a evolução das técnicas de aplicação, como o uso de bicos rotativos, que oferecem maior controle sobre o tamanho das gotas e reduzem perdas por deriva.
Os drones representam muito mais do que modernização no campo; eles simbolizam uma nova fase da agricultura, mais precisa, sustentável e competitiva. Para que todo o seu potencial seja alcançado, é indispensável combinar tecnologia, conhecimento técnico e cumprimento rigoroso da legislação, garantindo operações seguras e rentáveis para o produtor rural e para o mercado.
