A Índia atingiu em 2025 a meta de 20% de mistura de etanol na gasolina — cinco anos antes do prazo previsto para 2030. O avanço impressiona: em 2014, a taxa era de apenas 1,5%. Em pouco mais de uma década, o país multiplicou por 13 vezes sua produção, alcançando 661,1 crore litros em 2025.
Esse resultado expressivo foi possível graças a políticas públicas consistentes, incentivos fiscais e investimentos em novas destilarias. A base de produção está no campo: 40% do etanol indiano vem do milho, 27% do caldo de cana-de-açúcar e 13,3% do melaço B-heavy.
Os impactos são múltiplos. A economia indiana reduziu gastos bilionários com importações de petróleo, fortaleceu a indústria local e, principalmente, gerou renda direta aos agricultores — com R$ 76,7 bilhões destinados ao setor rural. Além disso, o programa evitou quase 70 milhões de toneladas de emissões de CO₂, reforçando o compromisso ambiental do país.
Esse marco coloca a Índia como referência mundial em integração entre agroenergia, segurança energética e sustentabilidade. O movimento mostra que o campo pode ser protagonista em soluções que unem desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Logo, o sucesso indiano serve de inspiração para o Brasil, que já possui experiência consolidada com o etanol de cana e potencial para avançar ainda mais no uso de diferentes matérias-primas. No cenário global de transição energética, o agro se mostra peça-chave não apenas na produção de alimentos, mas também na geração de energia limpa e renovável.
Fonte: CanaOnline.